Cibelli Marthos
Da reportagem local
A obra para iniciar a captação de água do rio Guaió, em Suzano, prevista para terminar em maio, será concluída somente nos próximos dias, sem data certa informada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Apesar disso, a estatal garante que o atraso não comprometerá o fornecimento de água na Região Metropolitana de São Paulo, o que inclui as cidades do Alto Tietê.
O volume será captado na região da Chácara Sete Cruzes, onde são instaladas as adutoras que levarão a água até o Sistema Produtor Alto Tietê (Spat), além de uma estação elevatória que fará o bombeamento até o ponto onde ela será repassada para a represa de Taiaçupeba. A expectativa é que sejam transferidos mil litros por segundo e toda a água seja tratada na Estação de Tratamento de Água (ETA) Taiaçupeba, em Suzano.
Em nota, a Sabesp informou que "os serviços de captação do Guaió estão em fase de conclusão e serão concluídos nos próximos dias". A companhia ressaltou, ainda, que se trata de uma obra de porte, sendo nove quilômetros de tubulação, que será concluída em tempo recorde (entre anúncio e conclusão, serão quatro meses) e que o atraso de alguns dias não comprometerá a segurança hídrica na Região Metropolitana.
Sobre o novo prazo, a Sabesp justificou dizendo que os dias adicionais "foram necessários porque, na execução da obra, foram encontrados cerca de 140 metros de rocha, que demandaram técnica de engenharia com uso de argila expansiva ao invés de retro escavadeira". O investimento no projeto, iniciado em fevereiro, é de R$ 28,9 milhões. O sistema de captação no rio Guaió, bem como o que já foi concluído em Bertioga em janeiro para retirada de água do rio Guaratuba, e outro novo que será desenvolvido para retirada de volume da represa Billings, são as apostas da Sabesp para que não seja necessário iniciar um racionamento. Apesar disso, somente o primeiro projeto já foi terminado, sendo que o último deve demorar mais quatro meses para ser iniciado.
